Fio a Prumo <> Cegonhas

23 Abril 2020, 11:33 Não Por Redacção

Morreram em número inimaginável quando há alguns anos, em consequência da utilização louca de pesticidas na agricultura, a espécie esteve há beira da extinção.

A nossa terra, que também é a das cegonhas, assistiu com pesar ao extermínio que o homem, na sua ânsia do lucro mais fácil, provocou na bela ave.

Sempre foi um símbolo ligado á vida.

“Trazia os bebés no bico”, acreditavam as crianças na idade da inocência.

É imponente o seu voo planado e castiço o seu “bater castanholas” com o seu longo e afiado bico.

Também tem a particularidade de “evacuar de esguicho” sujando a fatiota dos que se descuidam.

Foram anos em que se notou o desaparecimento da espécie que migrava anualmente desde terras africanas até aos céus do Vale do Sorraia.

Até que a tendência se inverteu e pouco a pouco reapareceram cada vez em maior número.

Hoje são milhares. De tal modo que nalguns locais já se consideram ser

“demasiadas”.

Causa desta inversão: a habituação ao longo de anos dos sobrevivos, aos efeitos letais dos produtos químicos da agricultura, criando resistência orgânicas que as imunizavam.

A Natureza o que faz, faz bem feito.

O Homem “inventa” e por vezes estraga tudo.

Agora temos por aí, pelo mundo afora, um tal covid-19.

Pronto a matar e/ou a aleijar milhares ou milhões de nós.

As cegonhas sobreviveram como espécie e aí estão felizes e contentes.

O Homem vai sobreviver também para dar mais “trabalho” á Natureza.

Pelo caminho já ficaram muitos, e muitos mais perecerão.

Mas eu não apetece nada ser cegonha das que beberam água dos arroz onde predominavam doses letais de pesticidas.

Se a humanidade tiver um bocadinho de juízo isto não poderá ser melhor para todos?

Ou temos que estar mesmo dependentes dos maiores produtores mundiais de arroz?

Sinas , nas linhas traçadas na palma da mão ou na pata duma cegonha…

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