Fio a Prumo <> Papel higiénico

14 Março 2020, 12:48 Não Por Redacção

De sempre se usou o dito, sob formas muitas.

A folha da couve, o molho de ervas viçosas, a pedra arredondada ou o bocadinho de tijolo de 12.

Também a rugosa folha de figueira, rugosa mas suficientemente larga para não sujar os dedos-

Papel de sacas de cimento, muito utilizada nas “cagadeiras de obra”.

Do “Século, Diário de Noticias ou o de Lisboa e muitas folhas do Popular. De ontem, sempre “!

Em tempos mais recuados, as plantas de folha larga, tiveram um papel fulcral no acto simples mas importante de limpar o “belho”.

Mais modernamente criou-se o “Higiénico” que por obra da técnica se tornou em maciez apetecida.

É o produto emblemático de qualquer mortal.

A cada um, segundo a sua carteira, cabe a sua folha. Mais fininha quase no limite do rasgão ou de textura agradável, que não rompe, protegendo os dedinhos e o terceiro olho.

E a crise, ou melhor as crises?

Porque que é que as crises são praqui chamadas?

Simplesmente porque nas crises dispara a compra louca do higiénico.

Ninguém entende, mas é uma realidade incontestável.

São autenticas loucuras os carrinhos cheios de “folhas de figueira” na forma moderna.

“Pancadas”. Dirão uns.

“Viciados em limpa-cús” . Dirão outros.

Que lhes faça bom proveito e que deixem lá na prateleira uma embalagem para mim.

Não me obriguem a limpar o dito aos dedos!

________________

_____________________

_____________________