Vale do Sorraia entre a administração de Lisboa e os fundos do Alentejo deseja nova região administrativa

12 Outubro 2020, 23:18 Não Por João Dinis

Esta terça-feira, 13 de Outubro, serão conhecidos os novos Presidentes das diversas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do país, sendo a do Alentejo a única a ter dois candidatos, residindo aqui a maior incógnita, entre a continuidade ou a eleição de um novo Presidente, com novas ideias.

O Vale do Sorraia, com excepção do concelho de Mora, bem como a Lezíria do Tejo, embora inseridos na CCDR de Lisboa e Vale do Tejo, são muitas vezes servidos por fundos do Alentejo, sem que no entanto possam ter uma palavra a dizer nas questões administrativas, o que tem gerado nos últimos tempos algum desconforto na região, que pede que exista uma região intermédia, apensa à região de Lisboa, mas com autonomia de gestão e que poderia agregar a Lezíria do Tejo, o Médio Tejo e o Oeste, criando assim uma grande região que se diferenciasse da Área Metropolitana de Lisboa.

A não participação dos municípios do Vale do Sorraia em questões fundamentais como a estratégia de desenvolvimento do Alentejo a vários níveis, desde a componente ambiental, energética, o que está relacionado com as novas metodologias e redes de comunicação, entre outras áreas, gera algum desconforto, que ainda assim vai sendo atenuado com a dimensão da comparticipação dos fundos comunitários, que no Alentejo são muito maiores do que na região de Lisboa e Vale do Tejo.

No momento a inclusão dos municípios do Vale do Sorraia, que administrativamente se encontram na região de Lisboa e Vale do Tejo, mas economicamente no Alentejo, serve essencialmente para que o Alentejo tenha mais população e mais densidade populacional, o que faz com que existam níveis de fundos de comparticipação mais elevados na região, em comparação com Lisboa e Vale do Tejo.

Com as eleições dos Presidentes e Vice-presidentes das CCDR de Lisboa e Vale do Tejo e do Alentejo, os autarcas do Vale do Sorraia esperam que possa surgir a possibilidade de equilibrar as opções administrativas e financeiras, ou através da criação de uma nova região administrativa ou da integração do Vale do Sorraia nas decisões administrativas da região Alentejo, para que esta não sirva somente para as candidaturas dos fundos europeus, a que os municípios ribatejanos dão área e densidade populacional.

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