Apartamento em Benavente escondia tonelada e meia de pinhas roubadas

15 Novembro 2020, 21:48 Não Por Redacção

A Guarda Nacional Republicana, através de militares do Posto Territorial de Benavente, com o reforço do Destacamento de Intervenção de Santarém, recuperou na passada sexta-feira, tonelada e meia de pinhas roubadas, e que se encontravam armazenadas num apartamento desabitado na vila de Benavente.

Esta apreensão ocorreu no âmbito da Operação Campo Seguro, após uma denúncia que permitiu aos militares realizar diversas diligências policiais que permitiram recuperar as pinhas da espécie Pinus pinea L. (pinheiro-manso).

Além das pinhas foram ainda apreendidos diversos utensílios utilizados na apanha, que foi entregue ao Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

Em comunicado, a GNR reforçou que “a colheita de pinhas de pinheiro-manso é proibida entre 01 de abril e 01 de dezembro e, ainda que esteja caída no chão, a sua apanha está interditada por se encontrar em época de defeso”, para salvaguardar o crescimento e desenvolvimento da pinha e do pinhão e evitando a colheita da semente com deficiente faculdade germinativa e mal amadurecida.

O pinheiro-manso é uma espécie florestal com um crescente interesse económico, em que “a importância do comércio externo de pinha e de pinhão tem contribuído para a promoção de importantes dinâmicas económicas à escala regional, uma vez que o pinhão produzido em Portugal é de todos o mais valorizado pelas suas características nutricionais”, indicou esta força de segurança.

Em 2019, até 28 de novembro, mais de 4.000 quilogramas (kg) de pinhas de pinheiro-manso foram apreendidos, quase quatro vezes mais do que a quantidade confiscada em 2018, avançou a GNR.

Nos primeiros 11 meses de 2019, foram apreendidos 4.195 kg de pinhas de pinheiro-manso, o que resultou em cinco contraordenações e cinco pessoas identificadas, sem registo de crimes e sem detidos, informou esta força de segurança, em resposta à agência Lusa.

A quantidade já apreendida durante 2019, até 28 de novembro, representou quase o quádruplo dos 1.123 kg de pinhas confiscados no total de 2018, segundo os dados da GNR.

De acordo com a legislação em vigor, a colheita de pinhas de pinheiro-manso “pinus pinea”, uma espécie florestal que permite múltiplas utilizações, das quais a produção de pinhão é a mais valorizada, é proibida fora do período de 01 de dezembro a 31 de março.

Apelidado de “ouro branco” das florestas, o miolo do pinhão no mercado nacional tem oscilado de preço, nos últimos anos, entre os 79 euros/kg e os 120 euros/kg.


Redacção com Agência Lusa

________________

_____________________

_____________________