Coruche pioneiro no combate às alterações climáticas. Workshop Instrumentos de Planeamento e Adaptação às Alterações Climáticas para melhorar a estratégia do município

4 Dezembro 2019, 0:01 Não Por João Dinis

Decorreu esta terça-feira, no Observatório do Sobreiro e da Cortiça, na Zona Industrial do Monte de Barca, em Coruche o Workshop Instrumentos de Planeamento e Adaptação às Alterações Climáticas, onde foram debatidos diversos e pertinentes temas da actualidade, envolvendo as alterações climáticas e as politicas de combate às mesmas.

Após uma sessão de abertura a cargo do Presidente da Câmara Municipal de Coruche, Francisco Oliveira, em que este fez uma breve introdução ao tema, os oradores explanaram um pouco o que é a sua experiência com o trabalho desenvolvido em Coruche, bem como o muito que ainda há para fazer.

Coruche foi um município pioneiro na preocupação com as alterações climáticas, e como tal, criou um projecto Climadapta, sobretudo para promover e divulgar as políticas de boas práticas ambientais, num projecto que integrou toda a comunidade, dos mais novos aos mais velhos, da escola às fábricas e agricultura, do espaço urbano ao campo.

Elsa Ferreira e Flávia Duarte, responsáveis pelo projecto Climadapta, que se iniciou em Outubro de 2018, estando agora concluído, apresentaram todo o trabalho desenvolvido, num projecto que está plenamente implementado no concelho de Coruche, a que será agora dada continuidade.

O investigador Carlos Marques, explanou um pouco do trabalho que se desenvolve a nível local, após as convenções internacionais, abordando ainda o tema do ordenamento de território, e a importância do mesmo no combate às alterações climáticas.

Rosa Lopes, apresentou a estratégia municipal de adaptação às alterações climáticas (EMACC), plano que vem sendo desenvolvido desde 2015

Preocupantes foram os números apresentados pela responsável do EMACC do município de Coruche. Entre 2000 e 2015, observaram-se no concelho de Coruche, 52 incidências climatéricas adversas, 11 das quais de importância alta, entre elas incêndios de grande dimensão e um tornado.

Dos planos até agora colocados em marcha, Rosa Lopes salientou a requalificação das margens do rio Sorraia e a descarbonização realizada através das práticas ambientais colocadas em prática nos edifícios do município, onde existe já uma redução global de 37% no consumo energético.

Com Coruche pioneiro, a Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo, composta por 11 municípios, implementou também um plano intermunicipal de combate às alterações climáticas, tendo como base o plano coruchense.
Sara Tomé, apresentou o plano intermunicipal, que já está em prática, havendo já diversos municípios com candidaturas aprovadas, também aqui com Coruche na dianteira, com 64% de taxa de execução.

O whorkshop encerrou com uma breve apresentação alusiva ao novo PDM que irá ser adaptado a Coruche, que terá nas alterações climáticas um grande foco.

Com as alterações climáticas na ordem do dia, estas iniciativas são de maior importância, pois são os municípios os primeiros na linha do combate e implementação de medidas que possam reduzir o impacto ambiental do dia-a-dia dos seus cidadãos.

Coruche, tem até ao momento dado o exemplo sobre as boas práticas ambientais, ou não fosse um dos municípios com uma das maiores áreas arborizadas do país.

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