DIAP de Évora investiga origem do surto de Mora

21 Agosto 2020, 21:55 Não Por João Dinis

Confirmando a notícia avançada pelo Notícias do Sorraia, o Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Évora, irá dirigir um inquérito aberto pelo Ministério Público para apurar a forma como se disseminou a Covid-19 na freguesia de Mora, provocando o surto que já afecta directamente 56 pessoas.

Conforme o Notícias do Sorraia avançou a 15 de Agosto, o surto em Mora, poderá constituir um crime de propagação de doença contagiosa, que pode mesmo dar pena de prisão de 1 a 5 anos e multa de 100 a 150 dias.

Segundo relatos da população e confirmados pelo Presidente da Câmara Municipal de Mora, que havia já também que o surto estava a ser investigado pelas autoridades, o vírus terá chegado a Mora através de um casal que tinha anteriormente estado em Espanha, sendo que a senhora terá começado a sentir alguns sintomas da doença quando chegou a Mora, mas ainda assim terá tido diversos momentos de convívio com residentes na freguesia de Mora.

Durante os dias que estiveram em Mora, o casal esteve em diversos estabelecimentos da localidade, fazendo assim os contactos que geraram o surto na vila, cujos testes são ainda feitos na localidade, prosseguindo a testagem durante todo o fim-de-semana, até que se encontrem todos os pontos de contacto entre casos positivos e suspeitos.

O Notícias do Sorraia contactou durante o dia de ontem o DIAP de Évora, que salientou que “as questões relativas ao surto de COVID-19 que ocorreu em Mora deverão ser suscitadas junto do Gabinete de Imprensa da Procuradoria Geral da República.”

Segundo avança agora a TVI, a Procuradoria Geral da República confirmou que “o inquérito tem por objecto uma situação concreta relacionada com o surto de Mora, no âmbito do qual não deixarão de ser investigados todos os factos que chegarem ao conhecimento do Ministério Público e que sejam susceptíveis de integrarem a prática de crime”.

Nos próximos dias deverão decorrer alguns inquéritos na vila de Mora, sendo que a investigação deverá agora ficar a cargo da Guarda Nacional Republicana.

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