Enfermeiros e auxiliares denunciam falta de água quente na Urgência do Hospital de Santarém

13 Janeiro 2020, 20:18 Não Por Redacção

O serviço de urgência do Hospital Distrital de Santarém, está sem água quente há cerca de sete meses, facto que levou enfermeiros e auxiliares a denunciar a situação junto da agência Lusa.

A situação foi já confirmada pela Administração do Hospital Distrital de Santarém (HDS), que em resposta à denuncia dos funcionários por se encontrarem exaustos por “já não suportarem ter de andar de trás para a frente com as cafeteiras eléctricas” em que têm que aquecer a água para os cuidados de higiene aos doentes, João Formiga, enfermeiro-director do HDS, admite a existência do problema, tendo em conta que se trata de “uma estrutura antiga”, negando no entanto que existam grandes dificuldades no serviço.

De acordo com João Formiga, em declarações à agência Lusa, a reparação do sistema “já está agendada, tendo sido condicionada pelas condições climatéricas”, e garantiu que “todos os doentes internados ou que tenham recorrido ao serviço de urgência, com necessidade de cuidados de higiene, fizeram-no, com recurso a água quente, nunca ficando essa situação comprometida”.

A denúncia recebida pela Lusa, e confirmada por várias fontes hospitalares, afirma que o serviço de urgência do HDS está sem água quente “pelo menos há sete meses”, sendo que alguns dos profissionais contactados afirmaram que acontece “desde Abril” de 2019, o que cria constrangimentos, dado que o aquecimento tem sido feito com recurso a cafeteiras eléctricas.

Por outro lado, algumas das fontes referiram que “chove” dentro das instalações das urgências, “nos corredores, gabinetes e triagem”, tendo que ser colocados baldes para amparar a água.

João Formiga adiantou que também esta situação tem agendada a reparação e que “nunca a segurança dos utentes ou dos profissionais foi comprometida devido a isso”.

“Todas as situações referenciadas foram monitorizadas e encaminhadas para resolução”, afirmou, acrescentando que diariamente procede a uma avaliação da situação naquele serviço, nunca lhe tendo sido relatado “nenhum caso de exaustão, pelo que esta situação não corresponde à realidade”.

O enfermeiro-director salienta que “o cansaço dos profissionais é natural nesta altura do ano”, dado estar-se em Plano de Contingência, “tendo, contudo, sido reforçadas as equipas de enfermeiros e assistentes operacionais”.

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