Início do julgamento do caso de tráfico de jogadores no Coruchense adiado para 31 de Março

30 Janeiro 2020, 15:11 Não Por João Dinis

O início do julgamento em que diversos arguidos são acusados pelo Ministério Público, de utilizar o Grupo Desportivo “O Coruchense” para alegadamente trazer para Portugal jogadores em situação ilegal, o que poderá configurar um crime de tráfico de pessoas, foi adiado para o próximo dia 31 de Março, em virtude da falta de um documento que ateste quem é o legal representante do clube de Coruche.

De acordo com o Juiz que presidiu à sessão, a falta de um documento, a acta das eleições do clube, que ateste que o actual representante do clube é António José Rosa, inviabilizou a continuidade dos trabalhos, que ficaram assim adiados para o dia 31 de Março.

O processo, que surgiu depois de uma operação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras em 2015, tem como arguidos o Grupo Desportivo “O Coruchense”, os antigos presidentes do clube, Ricardo Santos e Dionísio Mendes, o director desportivo do clube, Carlos Neves e os empresários de jogadores, Carlos Silva e Vasco Antão, que são acusados de ajuda a imigração ilegal de cinco jogadores.

Recorde-se que o Coruchense veio já repudiar publicamente esta acusação, salientando que os jogadores em causa já viviam em Portugal antes de rumar ao clube de Coruche aquando da sua participação no Campeonato de Portugal, sendo que o clube tentou por todos os meios legalizar a situação dos atletas, que estavam inscritos na Federação Portuguesa de Futebol, com contrato de trabalho, devidamente reconhecido pela Segurança Social e pelas Finanças, bem como proporcionavam aos atletas condições de alimentação e vida dignas e confortáveis.
Aquando da desvinculação dos atletas, o clube não obteve nenhuma vantagem financeira, facto que estes consideram ser suficiente para mostrar a sua inocência.

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